quinta-feira, 14 de julho de 2011
domingo, 3 de julho de 2011
:: Rosemeire Zago :: Esse antigo ditado chinês descreve uma idéia básica oriental, a conexão entre a psique humana e as ocorrências exteriores, o mundo interior e exterior. Alguma vez você pensou muito como resolver determinada situação, sem saber como deveria agir? E de repente teve uma intuição que deveria mudar o rumo das coisas ou o caminho a seguir, podendo ser logo depois de abrir a página de um livro que leu sem querer, ao ouvir uma conversa na fila ou após um sonho? Pensou em alguém que gostaria de falar ou encontrar e logo em seguida se encontrou ou recebeu um telefonema da pessoa que pensou? Essas situações podem se tornar comum em alguma época na vida de algumas pessoas, o que nos confirma que nada acontece por acaso. Apesar de nós, ocidentais, termos muita dificuldade em entender esses eventos, muitas vezes acreditando que tudo aquilo que não pode ser percebido pelos cinco sentidos ou explicados pela razão, seja considerado de menor valor, na verdade a sincronicidade nos proporciona um vislumbre interior e que há de fato um elo entre nós e o Universo. Mas como os eventos significativos são manifestos em linguagem simbólica, podem dificultar seu entendimento e assim se tornam muitas vezes ignorados e desprezados. Mas talvez seja possível entender um pouco mais sobre as coincidências significativas tendo uma compreensão da teoria de Jung. A primeira vez que Jung utilizou o termo sincronicidade publicamente foi em 1930, mas a primeira publicação só ocorreu em 1952, quando ele tinha 75 anos. Como podemos perceber esses fatos já são estudados há algum tempo. Muitos acontecimentos aparentemente casuais podem ser significativos. Quantas vezes você não se deparou com coincidências ou encontros e não pôde explicar como ocorreram? Ou seja, quando existe uma coincidência entre um sentimento ou um pensamento e acontece um evento externo do qual a pessoa sente como significativo, damos o nome de sincronicidade. As coincidências significativas mais comuns acontecem quando estamos num momento de maior reflexão sobre o sentido da vida, momentos que parecem de algum modo diferentes, mais intensos e que não conseguimos muito explicar o que ocorre. Não há explicação racional para situações em que uma pessoa tem um pensamento, sonho ou um estado psicológico interior que coincida com um acontecimento. Como nos casos em que pensamos em alguém, o telefone toca, e quem chama é a pessoa na qual estávamos pensando. E quando esses eventos tornam-se constantes é comum as pessoas ficarem assustadas, pois não entendem a profundidade desse processo. Quando entendemos e aceitamos a idéia de sincronicidade, qualquer acontecimento pouco comum é um convite para parar e pensar. Podemos sentir que algo está tentando nos dizer alguma coisa e essa sensação aumenta com cada novo acontecimento nesse sentido. Ter consciência de que as coincidências acontecem conosco é o primeiro passo para que passem a acontecer cada vez mais. Seja qual for o sinal, sentimos que é preciso decifrar uma mensagem e com isso tendemos a nos conhecer e crescer. É quando começamos a ter consciência de que algumas ocorrências podem mudar nossa vida. Para a sincronicidade, as coincidências dos acontecimentos significam algo mais do que mero acaso. Houve alguma coincidência que fez com que você chegasse até esse artigo e que agora percebe que foi significativa? A sincronicidade pode nos dar a confirmação de que estamos no caminho correto, ou ainda, que devemos mudar o rumo que estamos indo. Algumas sensações como calafrio subindo pela espinha, de espanto ou calor, freqüentemente acompanham a sincronicidade. Se quiser, poderá fazer um registro de informações em forma de diário. Formule as perguntas certas e fique atento que as respostas chegarão. Mais cedo ou mais tarde as coincidências vão ocorrer para levar você na direção indicada pela intuição. Quando passar a ouvir sua intuição, sua voz interior, logo perceberá que sua confiança proporcionalmente irá aumentar. Comece a ficar atento aos fatos de sua vida e em que circunstâncias eles ocorreram. Poderá ainda fazer um exercício construindo sua linha de tempo para aumentar seu autoconhecimento. Escreva eventos significativos de sua vida desde seu nascimento até o momento presente. Quais foram as situações mais marcantes em sua vida? Não precisa ser minucioso no relato, coloque eventos chaves que aconteceram de acordo com o ano ou com sua idade na época. Depois analise e identifique as lições que cada fato pode ter trazido para você e que pode não ter percebido quando ocorreram. Tenha consciência que sua vida tem um objetivo e que tudo que te acontece pode ter uma mensagem e um aprendizado. O que podem ter te ensinado? Percebeu um padrão repetitivo de experiências? Qual parece ser o objetivo da sua vida até agora? É isso que ainda quer para você ou tem perseguido objetivos que foram impostos e você os aceitou como seus? O que você preferia estar fazendo? O que te impede de mudá-los? Essas são apenas algumas sugestões de perguntas que você poderá fazer e deixar sua intuição e a sincronicidade te guiarem. Como diz Richard Bach: Cada pessoa, todos os episódios de sua vida, aí estão porque você aí os colocou. O que você escolhe fazer com eles, depende de você! E o que fazer com eles pode ser indicado pela sua intuição e sincronicidade. E realmente acontecem, por isso fique atento! Se quiser saber mais: - Jung, Sincronicidade e Destino Humano. - Progoff, Ira - Ed. Cultrix - A Sincronicidade e o Tao - Bolen, Jean Shinoda - A Profecia Celestina - Redfield, James - Ed. Objetiva |
:: Graziella Marraccini :: Segunda Lei Hermética: O Princípio da Correspondência Esta semana continuaremos com nossas reflexões sobre as Leis Herméticas, que podemos chamar de Leis da Sabedoria, já que nos ensinam muito sobre os mistérios de nosso universo. Aconselho aos estudantes de hermetismo que não parem na superfície, na simples leitura do artigo, mas que procurem se aprofundar no conhecimento para poder beber da fonte dessa grande sabedoria. O princípio da Correspondência nos ensina que: É verdadeiro, completo, claro e certo. O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima, e por estas coisas fazem-se os milagres de uma coisa só. E como todas as coisas são e provém de UM, pela mediação do UM, todas as coisas são nascidas dessa única coisa por adaptação. O Sol é seu Pai, a Lua é sua Mãe, o Vento a trouxe em seu ventre e a Terra é sua nutriz e receptáculo. Essa é somente uma parte do princípio que na realidade é bem mais complexo e serve de base para o estudo do Hermetismo e da Alquimia. Mas aqui queremos somente compreender como fazer dessa Lei Hermética uma ferramenta para nosso dia-a-dia. Este Segundo Princípio explica a verdade que existe na correlação e correspondência dos diferentes planos de Manifestação, Vida e Existência. Tudo o que está incluído no Universo emana de uma mesma fonte (SOMOS TODOS UM) e está sujeito às mesmas leis, princípios e características que, aplicadas à cada unidade, nos mostram a manifestação dos fenômenos que existem em cada plano. A Filosofia Hermética considera o Universo dividido em três Grandes Planos de Manifestação: 1º - O Grande Plano Espiritual. 2º - O Grande Plano Mental. 3º - O Grande Plano Físico. É claro que essas divisões são bastante arbitrárias, e os hermetistas consideram que existem, entre esses três Planos maiores, mais sete outros sub-planos entre cada um. Mas para nosso estudo basta compreender que, para se manifestar na matéria, uma energia primordial primeiro precisa ser gerada no plano Espiritual, ser forjada no plano Mental e se materializar no plano Físico. Quando falamos de plano também devemos compreender que não é uma dimensão ordinária de espaço, mas sim uma mudança de densidade no princípio de Vibração (Terceiro Princípio Hermético). Desde as manifestações mais elevadas até as mais baixas, todas as coisas vibram em diferentes coeficientes de movimento em diferentes direções e de diferentes maneiras. Os graus de medição na Escala de Vibração constituem a Quarta Dimensão. Nós já ouvimos alguém dizer (a sabedoria popular nunca erra) aquela pessoa tem uma vibração ruim, ou já nos aconteceu dizer: Esse lugar está carregado, sinto uma vibração ruim. Ruim quer dizer ‘inferior’. O mais elevado grau de vibração constitui a mais elevada manifestação da Vida que ocupa um determinado plano. O átomo da matéria, a unidade de força, a mente do homem e a existência do arcanjo são ‘graus’ de escala e fundamentalmente a mesma coisa em diferentes planos: a diferença está somente no grau e no coeficiente de vibração. Afinal, todas são manifestação da Mente do Todo. No Grande Plano Físico temos sete manifestações menores de energia: o mais sutil têm analogia com os fenômenos mentais, os mais densos são aqueles físicos visíveis a olho nu. A Astrologia usa com sabedoria essa lei; de que forma? Vamos imaginar que seu astrólogo lhe diz que você está passando por uma quadratura de Saturno. Isso mete medo, não é? Nada é mais hermético que a linguagem astrológica! Vamos ver: Saturno fecha um ciclo completo do Sol em cerca de 29,5 anos, formando a cada sete anos um aspecto consigo mesmo. Cada vez que ele fecha um ciclo completo, ele nos brinda com uma fase de amadurecimento. Mas antes de ‘fechar’ completamente um ciclo ele nos brinda com três pequenos períodos de crise: duas quadraturas e uma oposição (aos 7 – 14 – 21). Sabemos como essas idades são marcantes na nossa vida, não é? Bem, as quadraturas e oposições servem de vestibulares que nos ajudam a examinar os conhecimentos adquiridos nos últimos sete anos. No fechamento do ciclo (ou anel), aos 28,5 – 29,5 anos, acontece o encerramento de um momento crucial de crescimento na nossa vida. 29 anos, 59 anos, e 72 anos são momentos importantes na vida de cada um de nós. Os ciclos se fecham, inexoravelmente, sob a ação do Deus do Tempo. Bem, mas o que isso tem a ver com o Princípio da Correspondência? Bem, o Astrólogo (aquele que lhe falou da quadratura de Saturno) vai lhe dizer também: Cuidado, a quadratura de Saturno provoca, dor nos joelhos ou dentes, sensação de empobrecimento, preocupações com o futuro, preocupações com a família, preocupações profissionais, etc. etc.. No plano físico, estas são todas manifestações da energia de Saturno (entre outras). O que podemos fazer para ‘evitar’ ou ‘minimizar’ estas manifestações negativas no plano físico onde vivemos? Primeiro: compreender sua natureza e suas correspondências nos vários planos Segundo: mudar de vibração sempre em sua correspondência em cada um dos planos Parece fácil, mas não é. Podemos aplicar o Princípio de que Tudo é Mente e usar nossa mente para fazê-lo. Mas isso requer muito estudo, muita compreensão e muita força de vontade. Ao compreender em que energia você está inserido neste momento de sua vida, você poderá mais facilmente fazer a analogia da Correspondência (sozinho ou com a ajuda de um bom astrólogo ou hermetista); depois você aprenderá a aplicar o Princípio da Vibração, mudando essa energia – se negativa – de plano e plano, de estado em estado, do mais denso ao mais sutil. Pelo contrário, se ela for positiva, aprenderá a usá-la a seu favor aproveitando em tudo e por tudo aquilo que o TODO está lhe proporcionando. A correspondência, correlação e harmonia que existe entre os planos de manifestação da energia da Mente do Todo se manifesta através da Lei da Vibração que explicaremos na próxima semana. Você já tentou mudar de vibração? Acalmar sua mente muito agitada para conseguir uma maior harmonia com o Universo? Você pratica algum tipo de meditação, Yoga, Zen ou outra? Escreva e envie sua opinião. |
As sete leis da sabedoria ou os Princípios Herméticos - Parte 1
:: Graziella Marraccini ::
:: Graziella Marraccini ::
Em março de 2004 a revista feminina CLAUDIA publicou um artigo sobre as Sete Leis da Sabedoria, com o intuito de fornecer aos leitores alguns conselhos que podem ajudar as pessoas a melhor enfrentar os percalços que permeiam os caminhos da vida. A jornalista o escreveu sob minha orientação e creio que, apesar da abrangência do assunto não poder ser resumida em tão poucas linhas, tenho a certeza que muitas pessoas puderam se beneficiar dos conselhos ali contidos.
Neste artigo, e nos que publicaremos nas próximas semanas, tentarei explicar melhor o que eles significam e como podemos utilizá-los em nosso dia-a-dia.
Hermes Trismegisto, o Três Vezes Grande, era considerado pelos Egípcios o Mensageiro dos Deuses, por ter transmitido os ensinamentos a este grande povo da antigüidade e ter implantado a tradição sagrada, os rituais sagrados, e os ensinamentos das artes e ciências em suas Escolas da Sabedoria. A medicina, a astronomia, a astrologia, a botânica, a agricultura, a geologia, a matemática, a música, a arquitetura, a ciência política, tudo isso era ensinado nessas Escolas e em seus livros, que segundo os gregos somavam 42. Entre eles se encontra O Livro dos Mortos que é também chamado de O Livro da Saída da Luz. A Ciência Hermética é baseada em seus ensinamentos e comprova com seus preceitos, que o Grande Hermes veio transmitir para a humanidade uma Sabedoria Divina, até hoje mal compreendida apesar de amplamente comprovada.
A Filosofia Hermética se baseia nos Princípios Herméticos incluídos no livro O Caibalion, (Três Iniciados – Livraria Pensamento) e parece destinada a plantar uma semente de Verdade no coração dos sábios, que perpetuam e transmitem os seus ensinamentos. Em todas as civilizações sempre existiram ouvidos atentos a estes preceitos. Como diz o próprio Caibalion:
Em qualquer lugar que se achem os vestígios do Mestre,
Os ouvidos daqueles que estiverem preparados para receber
O seu Ensinamento, se abrirão completamente.
Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir,
Então vêm os lábios para enchê-los de sabedoria.
Porém o Caibalion nos ensina também que:
Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento.
O Caibalion nos foi transmitido pela Tradição Hermética e reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Qabala (Cabala), ou Qibul, ou Qibal, que em hebraico, significa tradição.
A maior das Lojas dos Místicos (Templos de Iniciação) foi estabelecida no antigo Egito e foi por suas portas que entraram os Neófitos que, mais tarde, como Hierofantes, Adeptos e Mestres, se espalharam por todas as partes da terra, levando consigo o precioso conhecimento que possuíam, afim de ensiná-lo àqueles que estivessem preparados para compreendê-lo. È dessa mesma fonte que os Essênios beberam, e portanto Jesus também.
Em nossos dias o termo ‘hermético’ significa secreto, fechado de tal maneira que nada escapa, significando que os discípulos de Hermes sempre observavam o princípio do segredo nos seus preceitos. Os antigos instrutores pediam este segredo, mas nunca desejaram que os ensinamentos não fossem transmitidos. Não instituíram uma religião, de forma que estes princípios pudessem ser aproveitados por todos mas não pertencessem a nenhum credo. De fato, os ‘Princípios Herméticos’ são baseados nas Leis da Natureza, e como tais pertencem somente à Ordem Divina.
As doutrinas sempre foram transmitidas de ‘Mestre à Discípulo’, de Iniciado à Hierofante, dos lábios aos ouvidos. Ainda que esteja escrita em toda parte, sua verdade foi propositadamente velada com os termos da alquimia e da astrologia, de modo que só os que possuem a chave podem-na ler bem. (O Caibálion).
Os Sete Princípios (ou Sete Leis) em que se baseia a Filosofia Hermética são os seguintes:
I – O princípio de Mentalismo
II – O princípio de Correspondência
III – O princípio de Vibração
IV – O princípio de Polaridade
V – O princípio de Ritmo
VI – O princípio de Causa e Efeito
VII – O princípio de Gênero
A Primeira Lei revela o Principio do Mentalismo:
O TODO é MENTE; o Universo é Mental
Este é sem dúvida o mais importante de todos os princípios, já que nele estão contidos todos os outros. O TODO (ou seja a realidade que se oculta em todas as manifestações de nosso universo material) é Espírito, Incognoscível e Indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como uma Mente Vivente Infinita Universal. Compreendendo a verdade da Natureza Mental do nosso Universo o discípulo estará bem avançado no Caminho do Domínio, escreveu um velho mestre do Hermetismo. Estas palavras continuam atuais e verdadeiras e são a chave para a nossa compreensão das regras e Leis que regem nosso universo material.
Observaremos que, se o Universo é Mental e nós existimos na Mente do Todo, como tais, nós somos seres mentais e criamos com a nossa mente, à imagem e semelhança do Todo, conforme explica o Segundo Princípio. A mente nada mais é que um complexo aglomerado de impulsos energéticos, capazes de enviar mensagens, não somente ao nosso próprio corpo, mas também fora dele. Todos já experimentamos aquela sensação de ‘sermos observados’ mesmo se nada podemos ver com nossos olhos físicos. É bem possível que essa sensação seja a conseqüência de um olhar mental (de impulsos energéticos) enviado por outra pessoa que naquele momento desconhecemos.
Por outro lado, a sabedoria popular nos ensina que ‘a inveja mata’. Como é possível? O que pode fazer um olhar invejoso? A energia negativa gerada pela mente de uma pessoa maldosa pode interferir em nossa própria energia mental e física. Quem já não experimentou isso?
Podemos então compreender que nossa mente, feita à imagem e semelhança do TODO, pode também criar, coisas positivas e coisas negativas. A criação de uma imagem gerada por nossa mente, é captada pelo cérebro físico como sendo “REAL”. È dessa forma que funcionam as imagens mentais que são elaboradas para auxiliar as pessoas que desejam superar alguma dificuldade num sistema de auto-ajuda. A imagem positiva criada precisa de uma repetição até que ela seja ‘fixada’ pelo cérebro que afinal precisa reconhecê-la como real. A partir daí (normalmente os exercícios são feitos em 21 dias) o cérebro já reconhecendo a imagem mental como real, começa a modificar a estrutura energética ao redor da pessoa “atraindo o similar” ou seja, atraindo aquilo que foi criado por nossa mente. O similar atrai o similar, assim como o amor atrai o amor, o ódio atrai o ódio, o dinheiro atrai o dinheiro, etc... É claro que entre a criação da imagem e a materialização existe um lapso de tempo (tempo esse que existe somente na matéria) e muitas vezes é justamente esse lapso de tempo que faz as pessoas desistirem de sua criação.
Todos os terapeutas são unânimes em aconselhar pensamentos positivos aos seus pacientes! Então porque não começamos a controlar as imagens mentais que criamos? Projetarmos em nossa mente imagens de paz, harmonia, amor, abundância, felicidade e alegria, é a solução. Mas lembrem-se, nada é conseguido sem o duro trabalho da perseverança!
Nas próximas semanas continuaremos com os outros princípios herméticos. Não percam!
Neste artigo, e nos que publicaremos nas próximas semanas, tentarei explicar melhor o que eles significam e como podemos utilizá-los em nosso dia-a-dia.
Hermes Trismegisto, o Três Vezes Grande, era considerado pelos Egípcios o Mensageiro dos Deuses, por ter transmitido os ensinamentos a este grande povo da antigüidade e ter implantado a tradição sagrada, os rituais sagrados, e os ensinamentos das artes e ciências em suas Escolas da Sabedoria. A medicina, a astronomia, a astrologia, a botânica, a agricultura, a geologia, a matemática, a música, a arquitetura, a ciência política, tudo isso era ensinado nessas Escolas e em seus livros, que segundo os gregos somavam 42. Entre eles se encontra O Livro dos Mortos que é também chamado de O Livro da Saída da Luz. A Ciência Hermética é baseada em seus ensinamentos e comprova com seus preceitos, que o Grande Hermes veio transmitir para a humanidade uma Sabedoria Divina, até hoje mal compreendida apesar de amplamente comprovada.
A Filosofia Hermética se baseia nos Princípios Herméticos incluídos no livro O Caibalion, (Três Iniciados – Livraria Pensamento) e parece destinada a plantar uma semente de Verdade no coração dos sábios, que perpetuam e transmitem os seus ensinamentos. Em todas as civilizações sempre existiram ouvidos atentos a estes preceitos. Como diz o próprio Caibalion:
Em qualquer lugar que se achem os vestígios do Mestre,
Os ouvidos daqueles que estiverem preparados para receber
O seu Ensinamento, se abrirão completamente.
Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir,
Então vêm os lábios para enchê-los de sabedoria.
Porém o Caibalion nos ensina também que:
Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento.
O Caibalion nos foi transmitido pela Tradição Hermética e reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Qabala (Cabala), ou Qibul, ou Qibal, que em hebraico, significa tradição.
A maior das Lojas dos Místicos (Templos de Iniciação) foi estabelecida no antigo Egito e foi por suas portas que entraram os Neófitos que, mais tarde, como Hierofantes, Adeptos e Mestres, se espalharam por todas as partes da terra, levando consigo o precioso conhecimento que possuíam, afim de ensiná-lo àqueles que estivessem preparados para compreendê-lo. È dessa mesma fonte que os Essênios beberam, e portanto Jesus também.
Em nossos dias o termo ‘hermético’ significa secreto, fechado de tal maneira que nada escapa, significando que os discípulos de Hermes sempre observavam o princípio do segredo nos seus preceitos. Os antigos instrutores pediam este segredo, mas nunca desejaram que os ensinamentos não fossem transmitidos. Não instituíram uma religião, de forma que estes princípios pudessem ser aproveitados por todos mas não pertencessem a nenhum credo. De fato, os ‘Princípios Herméticos’ são baseados nas Leis da Natureza, e como tais pertencem somente à Ordem Divina.
As doutrinas sempre foram transmitidas de ‘Mestre à Discípulo’, de Iniciado à Hierofante, dos lábios aos ouvidos. Ainda que esteja escrita em toda parte, sua verdade foi propositadamente velada com os termos da alquimia e da astrologia, de modo que só os que possuem a chave podem-na ler bem. (O Caibálion).
Os Sete Princípios (ou Sete Leis) em que se baseia a Filosofia Hermética são os seguintes:
I – O princípio de Mentalismo
II – O princípio de Correspondência
III – O princípio de Vibração
IV – O princípio de Polaridade
V – O princípio de Ritmo
VI – O princípio de Causa e Efeito
VII – O princípio de Gênero
A Primeira Lei revela o Principio do Mentalismo:
O TODO é MENTE; o Universo é Mental
Este é sem dúvida o mais importante de todos os princípios, já que nele estão contidos todos os outros. O TODO (ou seja a realidade que se oculta em todas as manifestações de nosso universo material) é Espírito, Incognoscível e Indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como uma Mente Vivente Infinita Universal. Compreendendo a verdade da Natureza Mental do nosso Universo o discípulo estará bem avançado no Caminho do Domínio, escreveu um velho mestre do Hermetismo. Estas palavras continuam atuais e verdadeiras e são a chave para a nossa compreensão das regras e Leis que regem nosso universo material.
Observaremos que, se o Universo é Mental e nós existimos na Mente do Todo, como tais, nós somos seres mentais e criamos com a nossa mente, à imagem e semelhança do Todo, conforme explica o Segundo Princípio. A mente nada mais é que um complexo aglomerado de impulsos energéticos, capazes de enviar mensagens, não somente ao nosso próprio corpo, mas também fora dele. Todos já experimentamos aquela sensação de ‘sermos observados’ mesmo se nada podemos ver com nossos olhos físicos. É bem possível que essa sensação seja a conseqüência de um olhar mental (de impulsos energéticos) enviado por outra pessoa que naquele momento desconhecemos.
Por outro lado, a sabedoria popular nos ensina que ‘a inveja mata’. Como é possível? O que pode fazer um olhar invejoso? A energia negativa gerada pela mente de uma pessoa maldosa pode interferir em nossa própria energia mental e física. Quem já não experimentou isso?
Podemos então compreender que nossa mente, feita à imagem e semelhança do TODO, pode também criar, coisas positivas e coisas negativas. A criação de uma imagem gerada por nossa mente, é captada pelo cérebro físico como sendo “REAL”. È dessa forma que funcionam as imagens mentais que são elaboradas para auxiliar as pessoas que desejam superar alguma dificuldade num sistema de auto-ajuda. A imagem positiva criada precisa de uma repetição até que ela seja ‘fixada’ pelo cérebro que afinal precisa reconhecê-la como real. A partir daí (normalmente os exercícios são feitos em 21 dias) o cérebro já reconhecendo a imagem mental como real, começa a modificar a estrutura energética ao redor da pessoa “atraindo o similar” ou seja, atraindo aquilo que foi criado por nossa mente. O similar atrai o similar, assim como o amor atrai o amor, o ódio atrai o ódio, o dinheiro atrai o dinheiro, etc... É claro que entre a criação da imagem e a materialização existe um lapso de tempo (tempo esse que existe somente na matéria) e muitas vezes é justamente esse lapso de tempo que faz as pessoas desistirem de sua criação.
Todos os terapeutas são unânimes em aconselhar pensamentos positivos aos seus pacientes! Então porque não começamos a controlar as imagens mentais que criamos? Projetarmos em nossa mente imagens de paz, harmonia, amor, abundância, felicidade e alegria, é a solução. Mas lembrem-se, nada é conseguido sem o duro trabalho da perseverança!
Nas próximas semanas continuaremos com os outros princípios herméticos. Não percam!
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